Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece. Não sei se
a frase é verdadeira, mas infelizmente poucos são o que vivem este primeiro
amor com Deus por muito tempo. Viver este amor parece coisa de gente imatura…
Dizer que jamais nos esquecemos do nosso primeiro amor é
dizer que se o que vivemos é algo muito bom, é inesquecível, mesmo que acabe.
Eu acredito que se acabou é porque não era amor verdadeiro, mas isto é assunto
para outra discussão (risos). Mas se o primeiro amor é algo tão bom, porque as
pessoas deixam de vivê-lo?
Acredito que depois de um certo tempo, as pessoas se
esquecem como se vive este amor. Estão atarefadas demais para buscar a Deus
como buscava antes, talvez. Ou talvez acreditem que já conhecem a Ele o
suficiente, ou que já possuem maturidade espiritual e já não precisam mais que
Deus os guie. Tais coisas nos fazem esquecer como é viver o primeiro amor.
É nesses momentos que viver o primeiro amor é como viver um
sentimento infantil, como brincar de roda. Era legal quando nos reuníamos com
nossos coleguinhas da escola para sentarmos em roda e cantarolarmos, mas você
faria isto hoje em dia? Creio que não. E se faria, por favor, me chame, pois
não tenho mais amigos que fariam esta loucura! Mas se eu acabei de dizer que
brincar de roda é algo infantil, que nenhum adulto faria, por que estou me
convidando para a brincadeira? Por causa do que Jesus disse:
Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus
como uma criança de maneira nenhuma
entrará nele.” (Marcos 10:15)
Ok, mas o que quer dizer “receber o reino como uma criança”?
Quer dizer de maneira sincera, dependente, e que seja prioridade nas nossas
vidas. É brincar de roda sem sentir vergonha das pessoas que vão rir de nós, é
deixar de fazer um serviço extremamente importante só para ler a bíblia e ficar
mais perto do Pai através da leitura, é dizer que por mais que eu saiba me
virar sozinha, eu preciso que o Senhor guie meus passos, porque sem Ele
certamente eu vou errar em algum momento, é pedir o abraço e a ajuda dEle
quando cair… Isto é receber o reino como uma criança!
E o que isto tem a ver com o primeiro amor?
Bem, enquanto eu estava pensando no tema “primeiro amor”,
Deus me fez lembrar o quanto eu era “bobo” com a minha primeira namoradinha. Nem
sabia direito como eu deveria me comportar, eu era guiada por aquele sentimento
bobo, que eu chamava de amor. Como eu disse lá no começo, não era amor, senão
eu amaria o tal garoto até hoje, mas o nosso amor por Deus deve ser assim no
sentido de que nossas atitudes sejam guiadas por esse sentimento! Não devemos
nos conformar que crescemos espiritualmente, e que já sabemos nos cuidar sem a
necessidade do Pai, devemos agir como uma criança que nem sabe o que é se
apaixonar, mas sabe que tem algo dentro dela que faz com que ela queira sempre
estar perto da pessoa “amada”. Não estou falando que uma criança não pode amar
verdadeiramente, mas sim, que mesmo que este amor não seja “o amor verdadeiro”,
é algo sincero, que faz com que esta criança queira chamar a atenção da outra
de alguma forma, é algo sadio, disposto a aprender, que deseja o bem do amado e
daqueles que o circundam, que erra, mas que pede perdão. O amor do Pai está em
nós, e por ser amor verdadeiro, jamais se acabará! Nos resta agirmos como
crianças e nos rendermos a este amor. Se parece que você já não tem mais este
amor, lembre-se que este é o amor verdadeiro, que não morre! Então, como tal,
basta você resgatar este amor e não ter vergonha de agir como criança, que certamente
você voltará a vivê-lo!
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